A ONG Sócios da Natureza de Araranguá foi a quarta mais votada no país, na eleição ocorrida dia 05/02/2009, para ocupar uma das 11 vagas nacionais na bancada ambientalista do CONAMA, em Brasília, para o biênio 2009 a 2010. O Ambientalista Tadeu Santos será o representante Barriga Verde da Região Sul (PR/SC/RS), juntamente com a Gaúcha Lisiane Becker, da ONG Mira-Serra/RS.

OBS. Toda a dedicação a este trabalho será totalmente de forma voluntária, pois nada receberemos além da passagem e uma pequena diária para a hospedagem em Brasília. No nosso caso, precisaremos gastar recursos próprios para a complementação da viagem, pois a ONG Sócios da Natureza não dispõe de recursos/verbas.

ENCHENTES DO INÍCIO DE 2009 EM ARARANGUÁ

Fotos Sandro F Ramos

Assessor de Imprensa da PMA

Notícias
FORÇA DAS ÁGUAS EM ARARANGUÁ ARRASTA CASA POR CERCA DE 150m.
Texto e Fotos: Sandro Ramos

As cenas, apesar de infelizmente já serem consideradas “normais”, ainda emocionam e causam surpresa a quem se depara com a situação dos moradores das áreas atingidas em mais uma enchente. Recuperar o que ainda é possível e jogar fora o que não serve para mais nada. Assim está sendo a volta ao lar de quem passou por mais uma cheia, a segunda em menos de oito meses, pois em maio do ano passado a cidade também sofreu com as cheias do Rio Araranguá. Algumas famílias perderam quase tudo o que possuíam, mas ainda tem a casa de pé para poder voltar. Já para outras a perda foi total, só restando entulhos da antiga casa. Uma família teve um pouco mais de sorte, porém terá também muito trabalho para recomeçar, pois a força das águas arrastaram a casa (foto) onde moravam, com os móveis dentro, cerca de 150m do local. E foi parar dentro de uma plantação de arroz, sobrando apenas as pedras que formam a base da casa. As perdas poderiam ser bem menores se os moradores tivessem consciência e atendessem os inúmeros pedidos feitos pela Defesa Civil de Araranguá, inclusive nos meios de comunicação, alertando sobre o volume de água que estava por vir das encostas da serra. Já os moradores mais atentos, logo que perceberam a real possibilidade das águas subirem, não exitaram em recolher suas coisas e se transferiram para o abrigo montado pela prefeitura no CIARTI ou foram então para casas de amigos e parentes. Assim para estes moradores à volta para casa foi bem menos tumultuada e os prejuízos também foram menores. Agora a administração municipal começa a cadastrar as famílias para auxiliar no recomeço, e para fazer as doações de cestas básicas e kits de limpeza. Doação é a palavra de ordem agora para todos da Defesa Civil de Araranguá. “Precisamos de doações de comida e móveis para os desabrigados recomeçarem suas vidas. Mas, o principal agora além da solidariedade humana, é que precisamos de voluntários para ajudar a separar os donativos. Aproveito para convocar todos os clubes de serviços e entidades setoriais e toda a população para se engajarem nesta ação”, aclama o coordenador da Defesa Civil e Diretor do SAMAE Araranguá, Dr. Ernani Palma Ribeiro Filho. Depois da abertura do canal alternativo realizado pela Secretaria de Obras, próximo a barra do Rio Araranguá, o escoamento para o mar foi facilitado, desta forma ajudando em muito na vazão do rio. O canal chegou a 370m de largura com 4,5m de profundidade segundo dados de um GPS. Em uma vistoria ao longo do rio em uma lancha cedida e conduzida pelo empresário Luiz Gonzaga Bertoncine, junto com membros da Defesa Civil, era normal ver vários objetos sendo carregados pela correnteza, galhos, árvores inteiras, sofás, animais mortos e até as pequenas balsas dos pesqueiros a deriva flutuavam em direção ao mar. Isso foi um dos agravantes para fazer com que a balsa, recém reformada, só voltasse as atividades a partir deste dia 07/01.O Prefeito Municipal Mariano Mazzuco e o Vice Sandro Maciel, já trabalham afinco em busca de recursos para recuperar a cidade, melhorar a estruturação da Defesa Civil de Araranguá e desenvolver projetos voltados à redução dos impactos das cheias do Rio Araranguá, como a tão esperada fixação da barra. Além de recursos para a implementação de ações ambientais, educativas, preventivas e projetos habitacionais para as áreas de risco. Doações e Informações Fones: 199 ou 48 – 3522-2123.

Cadastrada em: 07/01/2009 02:50:03
Atualizada em: 07/01/2009 11:56:52

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DEFESA CIVIL: RIO ARARANGUÁ CHEGOU A 4,33m ACIMA DO NÍVEL NORMAL.
Sandro Fabrício Ramos

O domingo 03/01 foi de muita correria e trabalho para a Administração Municipal e Defesa Civil de Araranguá. Além das águas que desceram das encostas da serra, as chuvas que caíram durante a noite contribuíram para que o Rio Araranguá chegasse a marca histórica de 4,33 às 15:45h, segunda maior marca registrada desde a enchente de 1974. Em Araranguá mais de 2.000 pessoas já foram atingidas, sendo cerca de 900 pessoas desalojadas e 650 desabrigadas no bairro Barranca e na localidade de Baixadinha. Os bairros Coloninha e Vila São José e parte do centro da cidade também foram atingidos. Avenidas importantes como a XV de Novembro, Sete de Setembro e Rui Barbosa foram parcialmente alagadas, dificultando o trânsito na cidade que foi desviado principalmente pela Rua Iracy Luchina, causando pequenos congestionamentos. O bairro Barranca é o mais atingido estando 100% tomado pelas águas. Como já era previsto, a ponte pênsil que liga o bairro Barranca ao Centro da cidade foi interditada, já que as águas atingiam a ponte. Mesmo assim, alguns moradores insistiam em desafiar o perigo e faziam a travessia. Vários populares visitavam as áreas atingidas surpreendendo-se com o volume da água. A Defesa Civil ficou durante todo o dia resgatando moradores e levando alimento e água aos ilhados, com lanchas, botes e jet ski’s. Paralelamente já começou a realizar a arrecadação de donativos para os atingidos. Leite, água, biscoito, macarrão, outros alimentos não perecíveis e colchões são prioridades. Mas também são aguardadas doações de móveis como fogões, geladeiras e camas, que podem ser entregues no CIARTI ou na sede da Defesa Civil de Araranguá no SAMAE e na Prefeitura Municipal. A BR 101 continua interrompida com aproximadamente 03Km de água sobre a pista, entre Araranguá e Maracajá e ainda sem previsão de liberação. No abrigo montado nas dependências do CIARTI (Centro Integrado de Atividades Recreativas da Terceira Idade) mais de 95 famílias já recebem atendimento. Roupas de cama, comida, medicamentos e acompanhamento médico continuam sendo disponibilizados pela prefeitura. O Prefeito Mariano Mazzuco visitou as áreas atingidas e coordenou com o Secretário de Obras, Dilnei Almeida a abertura de um canal próximo a barra do rio Araranguá para auxiliar na vazão da água. Máquinas da prefeitura desde as primeiras horas da manhã começaram a abrir o canal, que por volta das 14:00h já começava a desviar a água para o mar, tendo uma boa vazão. O Prefeito Mariano Mazzuco também participou de um encontro, no salão do Hotel Becker, com o Governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira e outros prefeitos da região. Em pauta a liberação imediata de recursos para as primeiras necessidades, o que foi prontamente atendido e o planejamento para a reconstrução das áreas atingidas. Na oportunidade, Mazzuco como um líder político, reivindicou também recursos para recuperar os prejuízos nas estradas e na agricultura. E principalmente a realização de um projeto habitacional, com recursos do Governo do Estado, para estas áreas normalmente atingidas.

A Defesa Civil de Araranguá - Informações Fones: 199 ou 48 – 3522-2123.www.ararangua.net

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DEFESA CIVIL: NOVO CICLONE EXTRATROPICIAL CASTIGA ARARANGUÁ.
O início de ano começa com muito trabalho e apreensão para a Administração Municipal e Defesa Civil de Araranguá. Neste dia 03 de Janeiro a região do Vale do Araranguá sofre mais uma vez as conseqüências de um ciclone extratropical e os reflexos do polêmico aquecimento global. Entre os dias 01/01 a 03/01 choveu 136mm e espera-se que ainda chova mais 80mm até o final da manhã do dia 04, um volume considerado grande para um período tão curto. Várias cidades da região foram atingidas e em Araranguá mais de 1500 pessoas já foram atingidas, sendo cerca de 900 pessoas desalojadas e 650 desabrigadas no bairro Barranca e na localidade de Baixadinha. E ainda 300 pessoas continuam ilhadas. Desde a noite anterior a Defesa Civil já monitorava o volume de chuvas e o nível do Rio Araranguá. O rio que subia rapidamente durante todo o dia teve seu ponto mais crítico registrado na noite deste sábado por volta das 22:05h quando o nível do Rio Araranguá chegou a 3,45m. Nesta hora moradores ainda deixavam suas casas já tomada pelas águas e também resgatavam animais domésticos como cães, gatos, galinhas e porcos.A ponte pênsil que liga o bairro Barranca ao Centro da cidade teve um de seus cabos de aço de segurança rompidos pela força das águas. Se o nível do rio continuar se elevando da forma como está, não se descarta a hipótese da ponte ser interditada a qualquer momento. Isso dificultaria ainda mais o resgate das famílias, já que o outro acesso ao bairro, pela BR 101, também encontra-se alagado e com o trânsito interrompido por tempo indeterminado. A companhia de energia CELESC, poderá interromper o fornecimento de energia nas áreas atingidas a qualquer momento por motivo de segurança. No abrigo montado nas dependências do CIARTI (Centro Integrado de Atividades Recreativas da Terceira Idade) a primeira dama Claudete Mazzuco coordenava as equipes de trabalho na recepção aos desabrigados. Roupas de cama, comida, medicamentos e acompanhamento médico foram disponibilizados pela prefeitura. O prefeito Mariano Mazzuco visitou as áreas atingidas e junto com o coordenador da Defesa Civil de Araranguá e presidente do SAMAE, Dr. Ernani Palma Ribeiro Filho, traçaram as estratégias de resgatar e abrigar as vítimas, além de já começar a pensar na reconstrução das áreas atingidas. “Muita água ainda está por descer das encostas da serra, e o nível do rio pode subir ainda mais e temos de estar preparados para isso”, disse o coordenador da Devesa Civil. Os prejuízos ainda não foram contabilizados, pois além dos prejuízos com as cheias na cidade e na agricultura, o setor turístico de toda região também sofreu com os impactos das chuvas. Pois com a possibilidade de fechamento da BR 101, que acabou se confirmando, e com o fluxo intenso de carros que se formava, fez com que muitos turistas antecipassem o retorno para casa. A Defesa Civil de Araranguá mantém plantão 24h, inclusive fazendo rondas preventivas durante toda à noite. Informações Fones: 199 ou 48 – 3522-2123.

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Chuva deixa 5 cidades em situação de emergência e alaga rodovia em SC
BR-101 está com dois metros de água sobre a pista, em Araranguá.Donativos recolhidos no ano passado serão distribuídos no sul do estado.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

Cinco municípios de Santa Catarina decretaram situação de emergência por causa das chuvas que atingiram a região no fim de semana. São eles: Criciúma, Turvo, Meleiro, Nova Veneza e Içara. Desde sexta-feira (2), mais de mil pessoas tiveram de deixar suas casas.

Veja o site do Bom Dia Brasil As chuvas também prejudicaram o trânsito nas estradas. Na manhã desta segunda-feira (5), quem segue em direção ao norte de Santa Catarina não enfrenta muitos problemas. Mas a situação é muito diferente para quem segue em direção ao sul do estado, principalmente no retorno para o Rio Grande do Sul. A BR-101, na região de Araranguá, ainda está com dois metros de água sobre a pista. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, não há previsão de liberação da via. Carros pequenos e ônibus conseguem passar por um desvio que aumenta a viagem em 60 quilômetros.
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No fim de semana, 130 pessoas ficaram ilhadas na rodovia. Elas ultrapassaram uma área inundada, mas não conseguiram seguir a viagem, porque a chuva continuou. No domingo (4), 100 pessoas foram resgatadas. Quem não quis abandonar o carro acabou ficando no loca.

Resgate
Lanchas e botes foram usados para resgatar as famílias que ficaram ilhadas nas áreas atingidas pela chuva. Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e voluntários trabalharam unidos para ajudar as vítimas. Um empresário da região usou o helicóptero particular para ajudar na retirada.
O Rio Araranguá ficou 4,3 metros acima do leito normal. A chuva deu uma trégua na região, e a expectativa é que o nível do rio se mantenha ou comece a baixar.

Em Araranguá, ruas ficaram alagadas no domingo (Foto: James Tavares/SECOM)
Mais de 470 famílias de Araranguá estão desabrigadas ou desalojadas. Em um centro de recreação da terceira idade, estão cerca de 280 pessoas. A maioria perdeu tudo que tinha e espera, agora, as águas baixarem para voltar para casa. Em Criciúma, as famílias que tiveram as casas atingidas pelas águas foram levadas ao ginásio de esportes. Uma equipe com voluntários está no local para atender aos desalojados e desabrigados.
No ano passado As chuvas já causaram estragos em Santa Catarina no fim do ano passado. Entre novembro e dezembro, 135 pessoas morreram em consequência de alagamentos e deslizamentos. Cerca de 700 toneladas de donativos que foram recolhidas em 2008 devem ser encaminhadas aos moradores das cidades afetadas pela chuva nos últimos dias. O material está armazendo em Criciúma e Araranguá.

BACIA HIDROGRÁFICA DO ARARANGUÁ SOFRE COM ENCHENTES

Um questionamento: Quando e onde será a próxima tragédia ambiental climática em Santa Catarina?

Início de 2009 acontece em Araranguá a segunda maior enchente depois de 1974, pois superou a do Natal de 1995 em volume de transbordamento, chegando a atingir 4,33 metros acima do nível normal. Felizmente não houve nenhum registro de vítimas. A BR-101 ficará interditada possivelmente por mais 5 dias, gerando transtornos sociais e prejuízos materiais enormes, além do comprometimento às áreas agrícolas. As fotos em anexo provam a dimensão do alagamento.
Cada enchente promove uma leitura diferenciada na população afetada, agora a concepção do imaginário popular acha que pouco choveu na região para tanta água em relação à de 95. Os fatores são diversos, possivelmente com a ocorrência do ciclone extratropical sobre o Oceano Atlântico, a maré alta não permitindo a vazão na foz conjugado com o intenso assoreamento dos cursos d’água na bacia hidrográfica do Rio Araranguá.
Tornados na região até nem mais assustam. Ciclones extratropicais intensificam suas ocorrências. Um outro furacão é possível, pois até técnicos do INPE admitem.
As defesas civis catarinenses não têm estrutura adequada para atender os flagelados.
Não existem políticas públicas voltadas para os aspectos preventivos, muito pelo contrário, o novo Código Ambiental tornará as áreas de risco mais frágeis/vulneráveis aos desmoronamentos e cheias.
Não existem políticas públicas voltadas as formas de adaptação frente aos violentos impactos dos eventos climáticos.
No dia do furacão Catarina, apesar de todo alerta via transmissão rádio e TV pelo governador do Estado, o coordenador na época da Defesa Civil de Araranguá, epicentro do furacão, estava numa festa de formatura. Uma irresponsabilidade imperdoável.
A região precisa urgentemente de atenção governamental para implementar medidas que venham a reduzir os impactos dos eventos climáticos e atender eficazmente as vítimas, geralmente de famílias de baixa renda residentes em áreas de risco.
O litoral oceânico catarinense próximo a Serra Geral é um exemplo de região que comprovadamente já sofre com as mudanças climáticas!
A solução está na decretação de ‘’Estado de Emergência Climática’’, pois criaria um impacto junto à opinião pública. A situação catarinense está como nos filmes sobre catástrofes: Não alardear para não espantar o turismo!!! Ou coisas deste tipo.

A sociedade civil quer respostas por insistimos em estudos sérios e idôneos sobre as reais causas que estão promovendo com mais intensidade e freqüência os fenômenos e adversidades climáticas.

Estamos fazendo a nossa parte, como fazíamos a 10, 20, 30 anos atrás, agora também são os cientistas e a ONU que alertam sobre os impactos ambientais que a humanidade irá sofrer se nada for feito!!!


ONG Sócios da Natureza
www.tadeusantos.blogspot.com